A geada que acabou com o café do Paraná
No dia 18 de julho de 1975, o Paraná começou o dia com uma péssima notícia, que iria mudar a sua história. Uma geada de forte intensidade acabou com as plantações de café. Grandes fazendeiros perderam tudo, de um dia para outro. E os trabalhadores rurais, desempregados, sairam do Paraná, em busca de emprego em outros estados. O professor de economia, José Pio Martins, calcula que a população do paraná poderia ser de 5 milhões a mais hoje, se não fosse a migração dos trabalhadores rumo ao Mato Grosso e Rondônia.
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Vídeo sobre a destruição da geada..
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A produção de café, durante o século passado, foi muito importante para o crescimento do Paraná. Levou a ocupação do solo, e a formação das cidades da região norte. Foi a oportunidade que atraiu mineiros e paulistas, os maiores compradores de terras no Paraná. O café chegou a totalizar 60% do valor da produção rural do estado nos anos 1960. Mas antes da grande geada, já se falava na substituição do café por outros produtos agrícolas. É que no noroeste do Paraná, o solo arenoso levava a formação de grandes erosões, prejudicando as propriedades e a produção.
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Na época a queda na arredação do governo Paraná foi de 20% de um ano para outro. Foi uma grande queda para a economia do estado. E muita gente do interior começou a migrar para Curitiba, em busca de emprego. Isso levou ao crescimento populacional da região metropolitana. O desaparecimento do café deu lugar a soja. As cooperativas agrícolas começaram a se fortalecer para ajudar os produtores. E o Paraná diversificou o plantio, para se proteger de novas perdas em grande escala, como a da geada de 1975.
Cafezal queimado pela geada entre Mandaguari e Marialva, no Norte do Paraná.
O governador da época, Jayme Canet, verificando a situação no dia seguinte.
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Toda a cadeia produtiva do café, como esta antiga usina de Marialva, foi praticamente extinta.
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Milhares de trabalhadores, como estes de Rolândia, foram obrigados a migrar para o Mato Grosso ou Rondônia.
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Pátios de secagem, como este de Arapongas, acabaram sendo abandonados.
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Capa do jornal “Folha de Londrina”.
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Capa do extinto “Jornal Panorama”.
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Capa do jornal “O Estado do Paraná”
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Capa da “Gazeta do Povo”
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