27 de julho de 2024
Agronegócio

Agronegócio em alta no Brasil

 

O setor agropecuário cresceu 13% em 2017 e foi responsável por 70% do crescimento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro

Os impactos do agronegócio em outros setores da economia do Rio Grande do Sul foi um dos assuntos tratados na 11ª edição da Semana Arrozeira, promovida pela Associação dos Arrozeiros de Alegrete, e que aconteceu entre o final de maio e início de junho. Segundo dados apresentados no evento, a agricultura está relacionada com outros setores industriais, de serviços, entre outros. Entretanto, as estatísticas positivas da área não estão restritas apenas aos limites estaduais. No começo de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que — com o melhor resultado anual da série histórica, iniciada no ano de 1996 — o setor agropecuário cresceu 13% em 2017 e foi responsável por 70% do crescimento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Quem destaca o tema é o empresário e executivo Flavio Maluf.

Conforme dados levantados entre os anos de 2002 e 2015, mais de 40% do PIB gaúcho vem do agronegócio. A Fronteira Oeste é um bom exemplo — nesse mesmo período, o crescimento da agropecuária é de quase 40%, enquanto o da indústria é de cerca de 19% e o dos serviços, puxados pela produção agrícola e pecuária, chega a 66%.

Já em termos nacionais, reporta Flavio Maluf, no que se refere ao percentual de crescimento do PIB (1%) em 2017, a maior parte, 0,7%, deve-se à agropecuária — muito por conta do recorde das safras de milho, com crescimento de 55,2% no ano, e de soja, com aumento de 19,4% na produção do ano passado, na comparação com 2016. 

O restante, que completa o 1% de crescimento do PIB, segundo o IBGE, deve-se ao setor de serviços, que tem grande peso na economia. Vale salientar, contudo, que o resultado também teve influência do crescimento em termos reais dos impostos líquidos e subsídios, puxado pelo crescimento em volume, em termos reais, do Imposto de Produtos Industrializados (IPI).

A arrecadação de impostos, por sua vez, também foi beneficiada pelo crescimento da agropecuária e da indústria de transformação no ano, bem como o aumento nas importações, acentua o empresário Flavio Maluf.

Tecnologia 

Uma das comparações traçadas na 11ª edição da Semana Arrozeira foi, também, em relação à tecnologia utilizada atualmente no campo. Há cerca de 30 anos, regiões onde a principal matriz econômica vinha da agricultura eram consideradas locais de pobreza e atraso. Entretanto, hoje em dia, a situação é outra. O setor que mais adquire tecnologias é o agronegócio, enfatiza Flavio Maluf. 

Não é por acaso que os produtores de máquinas preveem um crescimento nas vendas de até 8% em 2018. Um dos motivos para a expectativa positiva é o aumento da confiança dos agricultores, divulgou o Portal do Agronegócio, em matéria do dia 8 de maio. Segundo o site, após as duas últimas safras de soja do Brasil estabeleceram recordes históricos, “os produtores devem impulsionar os investimentos e melhorar a eficiência”. 

Vale salientar, ainda, que, de acordo com o portal de economia em.com.br é o agronegócio, junto com o mercado externo, que têm dado fôlego aos fabricantes de máquinas e equipamentos rodoviários.

Conforme reportagem publicada no dia 11 de maio, esses fabricantes “viram suas vendas despencarem de 26,7 mil unidades em 2014 para 8 mil no ano passado. A crise que se instalou no setor logo após operação Lava-Jato e abateu boa parte das grandes construtoras no país acabou reduzindo drasticamente o mercado a praticamente um quarto do que era”.

Em contrapartida, pontua Flavio Maluf, os produtores agrícolas, capitalizados pelos resultados positivos das últimas safras, passaram a comprar para as suas fazendas maquinários como retroescavadeiras, tratores com esteiras, entre outros, para ajudar na produção e na armazenagem da safra. Iniciativa que garantiu a sobrevivência de quem precisava, em tempos de crise, vender tais equipamentos.

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