17 de abril de 2024
Geral

As mudanças de hábitos com a alta da gasolina

 

Saiba como o preço da gasolina influencia na rotina dos brasileiros, levando-os a optar por utilizar aplicativos de transporte, táxis, metrô, ônibus e outros.

Muitos estão deixando o carro em casa e mudando sua rotina para ir ao trabalho ou escola, conforme foi apontado no site SeguroAuto.org.

O brasileiro está buscando alternativas ao carro particular, utilizando cada vez mais os aplicativos de transporte, táxis, metrô, ônibus, bicicleta ou andando mais a pé. São novos hábitos na tentativa de trazer alívio ao orçamento.

A redução no uso do automóvel pode ser medida, entre outras coisas, pela redução no consumo de combustíveis e lubrificantes. Conforme levantamento publicado no Jornal do Povo, há estados no Brasil que registraram uma queda de 3,2% neste ano, somente de janeiro a julho, com uma queda de 12,9% nos últimos doze meses.

Tem gente que vendeu o automóvel por causa do preço dos combustíveis, depois de verificar que usando aplicativos, mesmo que diariamente, conseguia ter menos despesas, com conforto e mantendo o padrão de vida.

Parece que aquele “carro dos sonhos” para muita gente virou um pesadelo. Isso porque o combustível tem aumentado e há outras despesas para manter um automóvel, como seguro, taxas, impostos, manutenção e multas eventuais. Mesmo que se deixe o carro na garagem ou se use pouco, a despesas das quais ninguém escapa.

Há depoimentos de quem gastava R$ 500 por semana, somente para abastecer um modelo 4×4, com uma despesa mensal de R$ 2 mil. Utilizando os veículos de aplicativos, a despesa caiu para R$ 320 por semana, ou seja, cerca de R$ 1,2 mil por mês, o que significa uma economia de 40%.

Quem adotou percursos a pé para a faculdade ou o trabalho, interligando os trajetos com o metrô, está notando a grande economia, em combustíveis, com redução de até 70% nas despesas mensais com transporte. Um grande componente para essa economia também é o corte no custo dos estacionamentos.

Uma economia que é vantajosa também por outros motivos, porque representa uma caminhada benéfica para a saúde e até um tempo de leitura durante o trajeto do metrô.

Os constantes aumentos fizeram com que muitos resolvessem deixar o carro na garagem para pegar o ônibus. O uso apenas no final de semana já representa uma sensível economia. Muitos descobriram a utilidade das bicicletas. 

Quem resolveu ir de bike, pelo menos três vezes por semana, conforme relatos, reduziu o que gastava, cerca de R$ 400 mensais com gasolina, para R$ 200, uma redução pela metade nessas despesas. Está valendo a pena utilizar o carro apenas para compromissos que exigem o carro particular, como transportar mercadorias ou levar os filhos para a escola.

Preço da gasolina ficou assustador

Muitos estabelecimentos estão vendendo a gasolina por preços que beiram os R$ 5. Na maioria dos estados, na metade de setembro, o valor médio do litro era de R$ 4,67, de acordo com a pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os aumentos são determinados pela cotação do dólar, desde que a política de preços da Petrobrás começou a seguir o valor do barril de petróleo no mercado mundial.

Sempre que o dólar aumenta o combustível aumenta, isto significa que, quando o dólar aumenta, o brasileiro perde em seu poder de compra e fica mais pobre. Nós consumidores não conseguimos equilibrar um orçamento em real se as mercadorias que compramos estão com os preços relacionados ao dólar.

A redução no uso do automóvel significa um empobrecimento da população. Um fator que determina essa redução também tem sido a alta taxa de desemprego, que atinge 12,3% em julho deste ano, de acordo com o G1. Deixar o carro na garagem, para muitos é uma economia forçada porque esconde a realidade de que o padrão de vida está despencando. 

As alternativas encontradas trazem, no entanto, um benefício coletivo, como a diminuição da poluição, se as pessoas optam bela bicicleta ou a caminhada, mas isso não é verdadeiro quando usam veículos de aplicativos.

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