12 de outubro de 2024
Geral

Colônia alemã começa a produzir o primeiro leite tipo A homologado pelo SIF no Paraná

 

Witmarsum, perto de Curitiba, cria novas opções de leite natural
A colônia alemã de Witmarsum, no município paranaense de Palmeira, começou a produzir o primeiro leite tipo A homologado pelo SIF, Serviço de Inspeção Federal no estado. O projeto é abastecer o mercado com uma nova opção de leite natural. O Paraná produz 4,3 bilhões de litros de leite por ano, sendo o segundo maior produtor brasileiro, atrás apenas de Minas  Gerais, que tem um território muito maior.  E a Colônia Witmarsum é uma das principais referências neste setor. O local foi  criado por imigrantes alemães a 60 quilômetros de Curitiba no ano de 1951. E está a 1000 metros de altitude nos Campos Gerais paranaenses. Este clima ameno é considerado pelos produtores como o ideal para a atividade leiteira.
O empresário Manfred Rosenfeld, dono do laticínio, explica que há uma diferença importante no leite tipo A, onde nunca se mistura a produção própria com o leite de outras propriedades: “O leite tipo A não pode ser misturado e nem passar por transporte de leite cru em caminhão-tanque. É totalmente produzido na própria fazenda, começando pelos cuidados com o rebanho, a ordenha, o laticínio e o transporte, até chegar ao mercado consumidor”. Ele diz também que o produto é destinado a quem procura um leite com valor nutricional e pureza. E também é destinado às empresas de alimentos, hotéis, ou chefes de cozinha especializados.
Manfred Rosenfeld diz que o projeto do laticínio foi desenvolvido a longo prazo na fazenda: “O rebanho é selecionado e controlado em um programa permanente de melhoramento genético. Todos os animais são nascidos e criados na mesma propriedade. Este controle e padrão de alimentação do rebanho resulta em um leite de alta qualidade, sem qualquer alteração durante todas as estações do ano. O resultado é um leite que preserva as suas propriedades naturais com vitaminas B e C, ferro, cálcio e lactobacilos, o que só é possível em um leite fresco. E para dar opções ao consumidor estamos produzindo quatro diferentes de leite tipo A”.
Segundo o empresário este é o melhor padrão de leite: “A razão disso está na longa tradição leiteira e no controle definido e registrado nas Instruções Normativas do SIF, Serviço de Inspeção Federal. E é justamente por este grande rigor que raríssimos laticínios são autorizados a fabricar o Leite tipo A”. Manfred Rosenfeld diz que o novo laticínio é uma empresa de capital próprio, com foco na qualidade, conforto animal, visão ecológica e respeito ao meio ambiente.
O empresário lembra ainda que a sua técnica de produção leiteira já foi tema da “Deutschwelle”, rede oficial da Alemanha. A emissora enviou um repórter para fazer uma reportagem especial sobre a tradição e os cuidados com a produção nesta fazenda de descendentes de alemães no Brasil, há alguns anos. Toda a produção de leite tipo A sai exclusivamente da Fazenda Família Germânia, que já trabalha com leite há 40 anos.

 

 

Especialização exclusiva em leite tipo A
Toda a fazenda e o laticínio são adaptados para a produção apenas de leite tipo A, diz Rosenfeld: “A instalação da ordenha leiteira tem uma equipe de funcionários treinados e controle de higiene em todo o processo. Para garantir a conservação e a qualidade, o leite que sai da ordenha é imediatamente resfriado a quatro graus Celsius e transferido para os tanques de leite, que ficam em uma área totalmente isolada. A temperatura é sempre controlada, até chegar à produção e ao envase”.
O laticínio foi equipado com novas máquinas e instalações, recebendo o leite através de bombeamento por tubos de aço inox, explica Rosenfeld: “O leite passa pela pasteurização, padronização, homogeneização e envase, sem qualquer contato humano. Nesta fazenda toda a alimentação de silagem de milho, aveia, azevém e outras gramíneas é integralmente de produção própria. A saúde do rebanho é monitorada por veterinários. E o conforto dos animais é garantido por locais de sombra, descanso, alimentação e água controlada”, finaliza.

 

 

 

Redação Paraná em Fotos

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