Contexto: a vitória esmagadora refletiu o sucesso do Plano Cruzado e a popularidade do PMDB em todo o Brasil. Os jornais destacavam que o eleitorado buscava renovação e alinhamento com o movimento de redemocratização.
1990 – O “caso Ferreirinha”
1º turno: José Carlos Martinez (PRN, 36%) x Roberto Requião (PMDB, 34%).
Contexto: Martinez foi impulsionado pela onda Collor (PRN), mas a imprensa atribuiu a virada de Requião ao escândalo do “caso Ferreirinha” e à experiência política que o diferenciava do jovem adversário.
1994 – A força da imagem técnica
Vencedor: Jaime Lerner (PDT, 54,9%).
Derrotado principal: Álvaro Dias (PP, 38,5%).
Contexto: jornais destacaram o prestígio de Lerner como “gestor técnico”, ligado ao urbanismo de Curitiba, e a ampla coligação que o sustentou. Sua vitória consolidou a imagem de “prefeito modelo” projetada nacionalmente.
Contexto: a cobertura ressaltou a aprovação da gestão, especialmente em Curitiba e nas obras de infraestrutura. O voto urbano foi decisivo para garantir a reeleição.
2002 – Polarização Requião x Álvaro
1º turno: Álvaro Dias (PDT, 31,4%) x Roberto Requião (PMDB, 26,2%).
Outros nomes fortes: Beto Richa (PSDB, 17%) e Roque Zimmermann (PT, 16%).
Contexto: a imprensa falava em um estado dividido. Requião ganhou força no 2º turno ao criticar privatizações e ao atrair votos anti-situacionistas.
2006 – A eleição “no fotochart”
2º turno: Requião (PMDB, 50,1%) venceu Osmar Dias (PDT, 49,9%) por apenas 10 mil votos de diferença.
Contexto: jornais e TVs apontaram um Paraná dividido. O “retrato” do 2º turno foi o clima de incerteza e a judicialização das campanhas.
2010 – Popularidade de Curitiba
Vencedor: Beto Richa (PSDB, 52,4%).
Derrotado principal: Osmar Dias (PDT, 45,6%).
Contexto: matérias destacaram a alta aprovação de Richa como prefeito de Curitiba e a força da máquina tucana. A eleição foi vista como “decidida” desde o início.
2014 – Vitória no 1º turno
Vencedor: Beto Richa (PSDB).
Derrotados principais: Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT).
Contexto: a imprensa analisou a fragmentação da oposição e a vantagem de Richa em tempo de TV e estrutura estadual. Foi uma vitória menos expressiva em imagem, mas suficiente para liquidar no 1º turno.
2018 – O discurso da renovação
Vencedor: Ratinho Junior (PSD, 60%).
Derrotados principais: Cida Borghetti (PP, 15%) e João Arruda (MDB, 13%).
Contexto: jornais destacaram a “onda de renovação” e o perfil jovem de Ratinho Jr., aliado ao desgaste dos velhos grupos políticos. A eleição coincidiu com o sentimento nacional de mudança política.
2022 – Recorde histórico
Vencedor: Ratinho Junior (PSD, 69,6% — 4,24 milhões de votos, recorde).
Derrotado principal: Roberto Requião (PT, 26%).
Contexto: análises da imprensa mostraram que a vitória expressiva refletia alta aprovação da gestão, coligações amplas e a opção de não ir a todos os debates, o que reduziu desgastes.
1986 (turno único)
Vencedor Álvaro Dias (PMDB) — 2.347.795 votos (70,69%). Wikipédia
Demais candidatos (percentual e partido) Alencar Furtado (PMB) — 24,01% · Emanuel José Appel (PT) — 1,54% · Alberto Garcez (PSC) — 1,49% · Banerjo Branco (PH) — 1,06% · Carlos Alberto Pereira (PDC) — 0,65% · Teolino Paixão (PMC) — 0,56%. Wikipédia
Como os jornais explicavam A leitura dominante ligava o “tsunami do PMDB” ao entusiasmo do Plano Cruzado (Sarney), que alavancou candidatos peemedebistas no país inteiro em 1986. SenadoInstituto de Economia Unicamp
1990 (2 turnos) — com os votos exatos
1º turno (votos e % de todos): José Carlos Martinez (PRN) — 1.129.191 (36,00%) · Roberto Requião (PMDB) — 1.073.926 (34,24%) · José Richa (PSDB) — 677.714 (21,61%) · Henrique Pizzolato (PT) — 192.264 (6,13%) · Jussara Toledo (PST) — 37.998 (1,22%) · Tasso Gouveia (PSD) — 25.810 (0,80%). Wikipédia
2º turno (votos e %): Roberto Requião (PMDB) — 1.877.282 (55,77%) · José Carlos Martinez (PRN) — 1.489.172 (44,23%). Wikipédia
Como os jornais explicavam Coberturas lembram que Martinez surfou a onda Collor (PRN), mas o “caso Ferreirinha” — episódio de campanha muito explorado na mídia — acabou decisivo para a virada de Requião no 2º turno. Gazeta do Povo
Como os jornais explicavam A imprensa destacava a imagem “técnica/gestora” de Lerner e a força metropolitana de Curitiba, além da coligação ampla que atraiu centro e direita. Estudos acadêmicos sobre a cobertura e o voto no período reforçam esses pontos. SciELO
Demais candidatos (percentual e partido) Roberto Requião (PDT) — 45,91% · Jamil Nakad (PRONA) — 1,32% · Júlio Cezar de Jesus (PSTU) — 0,56%. Justiça Eleitoral
Como os jornais explicavam Coberturas e análises acadêmicas ligavam a reeleição à boa avaliação administrativa e a um eleitorado volátil que Lerner conseguiu recompor de 1994 para 1998. SciELO
2002 (2 turnos)
1º turno — percentuais e partidos (votos exatos do líder e do vencedor já abaixo no 2º turno): Alvaro Dias (PDT) — 31,40% · Roberto Requião (PMDB) — 26,17% · Beto Richa (PSDB) — 17,27% · Roque Zimmermann (PT) — 16,36% · Rubens Bueno (PPS) — 7,04% · Severino Araújo (PSB) — 0,93% · Giovani Gionedis (PSC) — 0,51% · Prof. Figueiredo (PSTU) — 0,10% · Cirus Itiberê (PSD) — 0,06% · Jamil Nakad (PRTB) — 0,05% · José Gladston Bispo (PRONA) — 0,03% · Abrahão Júnior (PTC) — 0,02%. Wikipédia
2º turno — vencedor e perdedor (votos e %): Roberto Requião (PMDB) — 2.681.811 (55,15%) · Alvaro Dias (PDT) — 2.180.922 (44,85%). Wikipédia
Como os jornais explicavam Matérias e dossiês de cobertura indicavam uma disputa polarizada desde o início; no 2º turno, jornais ressaltaram que Requião agregou votos anti-governo estadual e anti-privatização e superou a vantagem inicial de Álvaro. Portcom
2006 (2 turnos)
2º turno — vencedor e perdedor (percentuais): Roberto Requião (PMDB) — 50,1% · Osmar Dias (PDT) — 49,9% (diferença de apenas 10.479 votos). Senado
Outros concorrentes (1º turno — partidos): Flávio Arns (PT), Rubens Bueno (PPS) e outros. (Se quiser, trago a tabela do 1º turno candidato a candidato — TSE/Wikipedia.)
Como os jornais explicavam A tônica era de acirramento extremo e eleitorado dividido; textos destacaram a vitória “no fotochart” de Requião. Senado
2010 (turno único)
Vencedor Beto Richa (PSDB) — 3.039.774 votos (52,44%). Gazeta do Povo
Demais candidatos (percentual e partido) Osmar Dias (PDT) — 45,63% · (os demais tiveram percentuais residuais). Gazeta do Povo
Como os jornais explicavam Matérias atribuíram a vitória à popularidade como prefeito de Curitiba e à aliança tucana mais ampla no estado. Gazeta do Povo
2014 (turno único)
Vencedor Beto Richa (PSDB) — eleito no 1º turno. Wikipédia
Principais perdedores (percentual e partido) Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) — percentuais listados na página oficial/enciclopédica. Wikipédia
Como os jornais explicavam Coberturas falaram em oposição fragmentada e voto econômico a favor do incumbente.
Como os jornais explicavam A cobertura destacou favoritismo, ampla coligação e alta aprovação do governo; também se comentou a ausência em debates do líder, reduzindo confronto direto. Justiça EleitoralFolha de Londrina