19 de abril de 2024
SAÚDE

Empresa Simples de Crédito já soma mais de 350 firmas em cinco meses

 
O número de ESC é superior ao esperado para este ano, conforme balanço do Sebrae, sendo que São Paulo é o estado com maior número de empresas abertas
Em cinco meses, foram criadas mais de 350 Empresas Simples de Crédito (ESC) no país, uma média de duas a cada dia, superando as expectativas para este ano. O balanço apresentado pelo Sebrae mostra que apenas dois estados ainda não possuem esse novo modelo de negócio, que possibilita aos donos de micro e pequenas empresas obter crédito com juros mais baixos e sem burocracia. A lei que criou a ESC, sancionada no dia 24 de abril, foi uma ação coordenada pela Frente Parlamentar Mista das MPEs, com o apoio do Sebrae, e deve injetar cerca de R$ 20 bilhões por ano nos pequenos negócios e na economia do país. São Paulo, onde foi criada a primeira empresa dessa natureza, lidera o ranking com 121 ESCs em operação.
Paraná vem na segunda colocação com mais Empresas Simples de Crédito criadas (28), seguido de Minas Gerais (26), Santa Catarina (25) e Rio Grande do Sul (23). Somente os estados de Acre e Rondônia ainda não contam com nenhuma ESC criada. O balanço mostra que o capital total de todas as ESC no Brasil é de R$ 168 milhões, sendo o menor de R$ 4 mil e o maior de R$ 10 milhões. De acordo com o levantamento, o aporte mais frequente é de R$ 100 mil. A expectativa do Sebrae era de que o número de empresas chagaria a 300 até o fim de 2019. Mas elas já somam 353 empresas abertas, a três meses do fim do ano. A meta do Sebrae, governo e outros parceiros que contribuíram com a criação da ESC é chegar a mil empresas, até 2020.
Assim como a criação do Microempreendedor Individual (MEI), do Simples Nacional, a Empresa Simples de Crédito foi uma das grandes vitórias dos pequenos negócios, que agora têm um acesso mais fácil ao crédito, sem a burocracia das instituições financeiras e os juros altos”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Além disso, o dinheiro circula no próprio município, na comunidade, o que faz com que a economia local se movimente”, acrescenta Melles, ressaltando que, se uma pessoa tem dinheiro para aplicar, é mais fácil fazer isso no empreendedorismo, o que vai garantir a geração de mais empregos.
Aldo Ramon Alfonso foi um empreendedor que preferiu recorrer a uma ESC e não a um banco. “Foi fácil conseguir o dinheiro para comprar uma perua”, conta o empresário, que fez uma operação de R$ 20 mil para investir em uma hamburgueria. Agora, ele trabalha em um local com o carro e a esposa em outro ponto aberto pelo casal. “Antes eu trabalhava na rua e decidi melhorar o atendimento aos meus clientes e isso foi um investimento”, conta Aldo, que mora em São Paulo.
Nos quatro meses em que está operando com uma Empresa Simples de Crédito, Eliane Escanholato Ferri não teve nenhum prejuízo. “Não houve nenhuma inadimplência entre os meus 16 clientes”, conta a dona da ESC Simple Credit, localizada em São Paulo. Segundo ela, os empréstimos são todos abaixo de R$ 25 mil e a maior parte de seus credores são Microempreendedores Individuais (MEI). “Nós preferimos pulverizar os créditos para diminuir os riscos e emprestar mais”, explica a empresária.
Conforme pesquisa do Sebrae realizada em 2018, só 14% dos pequenos negócios tomaram novos empréstimos em bancos. O levantamento também mostrou que 62% das micro e pequenas empresas têm aversão a esse tipo de operação e 61% avaliam que o serviço é ruim ou muito ruim, sendo a pior avaliação dos últimos seis anos. A principal dificuldade para 47% dos entrevistados pela pesquisa é a taxa de juros muito alta, o que levou 54% das MPE a negociar prazos maiores de pagamentos com fornecedores, adotar o cheque pré-datado, cheque especial ou recorrer ao cartão de crédito.

Sebrae BR

 

Redação Paraná em Fotos

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