Fazendas cortam custos com o uso de drones
A indústria agrícola é uma das mais beneficiadas com economia de até 80% comparado aos procedimentos antigos tradicionais. Com diversas utilidades e enorme praticidade, a tecnologia de drone veio para ficar.
Drones são indispensáveis para quem deseja otimizar o trabalho e reduzir os custos no campo. É preciso investir nessa nova tendência para não ficar para trás
De acordo com uma pesquisa realizada em 2013, nos Estados Unidos, pela Associação Internacional dos Sistemas de Veículos Não Tripulados, o mercado de drones vai movimentar cerca de 82 milhões de dólares somente em território norte americano em 2025, e a agricultura será responsável por 80% da venda anual desses drones. E a previsão é que esses números cresçam também no Brasil.
Os drones foram criados para atuação na área militar, para serem usados em missões que envolviam riscos para os seres humanos. No entanto, seu uso tem se popularizado a cada dia. Provavelmente você já deve ter visto por aí alguém tirando fotos, fazendo vídeos aéreos ou simplesmente brincando com um desses robozinhos voadores. Mas o que muita gente não sabe é que os drones estão cada vez mais resistentes, autônomos e desenvolvidos também para o uso profissional, para a otimização do trabalho e redução dos custos em diversos setores, como na agricultura, que tem melhorado sua performance de diferentes maneiras.
A agricultura brasileira é a principal responsável pelo bom posicionamento econômico do país no ranking da América Latina. O Brasil é um dos países que mais investe em tecnologia para aumentar ainda mais seu potencial produtivo e alavancar o setor. Entre diversas automações, como tratores conduzidos por pilotos automáticos com tecnologia GPS e sensores para aplicação de diversos insumos, estão os drones agrícolas, que se tornaram indispensáveis para a chamada agricultura de precisão, que baseia-se no uso de tecnologias avançadas para o gerenciamento das plantações, com a finalidade de diminuir custos e auxiliar no aumento da produtividade sem comprometer a qualidade.
Com o uso de drones, é possível fazer o mapeamento aéreo das lavouras e cuidar da saúde da plantação, auxiliando na identificação e no manejo de pragas e doenças com mais rapidez e efetividade. Com estas aeronaves é possível acompanhar a colheita, além de melhorar a gestão de aplicação de defensivos, água e fertilizantes. A economia nos custos da pulverização pode chegar a até 80%, aplicando os produtos somente nas áreas em que a necessidade é identificada, em vez de espalhar o produto por todo o campo, o que diminui também o impacto no meio ambiente.
Segundo Gabriel Klabin, presidente da Santos Lab, uma das empresas referência em drones para agricultura no Brasil, entre essas diversas aplicações, o uso de drones ainda reduz o número de profissionais necessários para o trabalho na lavoura e simplifica os processos. “Após o voo planejado, o drone captura imagens automaticamente com a câmera ou com os sensores integrados, usando o GPS para determinar o momento de cada foto”, explica Gabriel. Dessa forma, é possível fazer o acompanhamento do desenvolvimento da cultura remotamente, mais rápido e sem a necessidade de uma equipe para percorrer todos os talhões que se estendem muitas vezes por centenas de hectares por vias terrestres.
Além do corte nos custos durante a operação, os resultados chegam mais rápido. Uma análise convencional pode levar dias, enquanto as imagens capturadas por um drone são processadas em poucas horas após o voo. “Os dados são processados por softwares específicos e analisados por especialistas, gerando diversos mapas temáticos com índices agrícolas, uma espécie de raio X preciso de todo o terreno para elaborar um inventário completo da saúde da vegetação”, diz o presidente. As informações geradas podem ser gerenciadas com muito mais exatidão, otimizando o trabalho, minimizando os custos e facilitando o planejamento das próximas ações. Sem sair do escritório, os fazendeiros podem tomar decisões de manejo não mais baseadas em probabilidade, mas em dados e informações concretas obtidas por meio de sensoriamento remoto.
Essas facilidades, aliadas a aprovação da nova regulamentação para o uso de drones no Brasil, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em maio do ano passado, fizeram com que aumentasse a procura de drones para agronegócios e, consequentemente, a busca por informações sobre como realizar a agricultura de precisão com essa tecnologia. “Visando a necessidade de capacitação do mercado, além de vender drones, a Santos Lab também possui serviços como a capacitação de pilotos e o processamento das imagens geradas pelas aeronaves”, conta Klabin.
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