26 de dezembro de 2024
SAÚDE

Inadimplência das empresas cresce 5,55% em outubro; dívida média é de R$ 5.562, dizem CNDL/SPC Brasil

Crescimento em outubro é o segundo maior do ano; maioria das pendências é com setor de serviços
Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que as empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de outubro com uma dívida média de R$5.561,98. De modo geral, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas no Brasil possuem pendências que somadas superam a cifra de R$ 1.000,00. Cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados.
Ainda de acordo com o levantamento, houve um aumento de 5,55% na quantidade de empresas com contas atrasadas no país em outubro, o que representa a maior alta desde janeiro deste ano, quando o crescimento observado havia sido de 5,91%. Por outro lado, o número de outubro deste ano é inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando a alta fora de 7,26% no crescimento de empresas negativadas por falta de pagamento.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, embora melhor do que no auge da crise, a atividade econômica segue enfraquecida, o que vem prejudicando o faturamento das empresas e, consequentemente, a sua capacidade de pagamento. “A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao crescimento modesto da economia. Apesar de a economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise”, analisa Costa.
70% das pendências de empresas são devidas ao setor de serviços; Inadimplência cresce mais na região Sul
O indicador revela que o setor com maior crescimento no número de empresas negativadas foi o de serviços, cujo aumento visto em outubro foi de 8,51%. A segunda maior alta ficou com o comércio (2,90%), acompanhado de perto do setor industrial (2,89%).
No geral, a maior parte das dívidas que geraram a negativação foram contraídas no ramo de serviços, que engloba bancos e financeiras: o setor responde sozinho por 70% das pendências em nome de pessoas jurídicas. Já o comércio fica com a fatia de 17%, enquanto a indústria com 12% do total de dívidas não-pagas.
Os dados regionais mostram que houve alta no número de empresas inadimplentes nas cinco regiões pesquisadas. A liderança ficou com a região Sul. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de pessoas jurídicas negativadas nessa região cresceu 8,30%. O Sudeste ficou na segunda colocação do ranking de atrasos, com crescimento de 6,59%. Em seguida aparecem, Centro-oeste (2,84%) e Norte (4,24%).
Metodologia
O Indicador de Inadimplência das Empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Baixe o material completo em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.
CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

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