Juros do cheque especial e rotativo do cartão sobem em março
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, ficou em 123,7% ao ano em março, com aumento de 1,2 ponto percentual na comparação com o mês anterior. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) chegou a 23,6% ao ano, com redução de 0,5 ponto percentual em relação a fevereiro.
A taxa média de juros para as famílias subiu 0,6 ponto percentual para 53,7% ao ano. A taxa média das empresas permaneceu em 19,8% ao ano.
O chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, destacou que o crédito rotativo (do cartão e cheque especial) deve ser evitado devido às taxas de juros mais altas. “O aumento nas taxas de juros está concentrado no crédito rotativo”, disse.
Inadimplência
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, permaneceu em 4,7% para pessoas físicas e em 2,8% para as empresas. Os dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 7,6% ao ano. A taxa cobrada das empresas permaneceu em 10% ao ano. A inadimplência das pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 1,8% e a das empresas passou de 1,8% em fevereiro para 2,1%, em março.
O saldo de todas as operações de crédito do Sistema Financeiro chegou a R$ 3,267 trilhões, com alta de 0,7% no mês e de 0,3%, no ano. Em relação a tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB), o crédito permaneceu em 47,1%.
Segundo Baldini, o crédito segue tendência de recuperação gradual, que vem sendo observada desde o segundo semestre de 2017. “O crescimento do crédito continua impulsionado pelo crédito livre”, acrescentou.
Agência Brasil