18 de maio de 2024
Geral

Neurologista fala dos riscos do desafio de lançar crianças, a novidade das redes sociais


Durante a pandemia, muitos pais ficam procurando brincadeiras para realizar com os pequenos para mantê-los em atividade.
Um polêmico desafio lançado na internet, alguns adultos têm lançado as crianças durante a execução de uma música; o que tem causado bastante preocupação entre os especialistas.  O neurologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Carlos Takeuchi, afirma que uma ação como essa é totalmente absurda e que em nenhum momento se pode atirar uma criança, e que esse tipo de atitude, pode gerar traumas e sequelas em várias partes do corpo como cabeça, coluna e abdome. “A criança é muito mais vulnerável que um adulto. Como no vídeo não dá para saber onde a criança vai cair, ela pode se machucar gravemente e isso também é um crime”, afirma o neurologista.
Mas esse tipo de atitude não é novidade. Muitos adultos brincam com seus filhos jogando-os para cima ou fazendo o chamado “aviãozinho”, trazendo sorriso aos pequenos, mas muitos riscos também.  Mexer a criança de cima para baixo em movimentos repetitivos pode gerar o que os médicos chamam de Síndrome do Bebê Sacudido (SBS), em que, dependendo da intensidade empregada, a criança pode sofrer lesões na região cervical da coluna (podendo virar uma paralisia)  ou passar desapercebida no primeiro momento, mas aparecerem no decorrer dos anos. “A estrutura de uma criança até os 03 anos é muito delicada e não pode sofrer impactos. Mesmo que os pais segurem para que ela não caia, o ato de jogar para cima pode trazer lesões cerebrais agudas e em alguns casos até tardias,” explica Dr. Takeuchi.
Com tantas brincadeiras saudáveis, é importante que os pais e responsáveis tenham muito cuidado ao se divertirem com as crianças, principalmente na primeira infância. “Temos que olhar para a natureza, que sempre protege seu filhote. Esse tipo de “brincadeira” é absolutamente inaceitável e é importante que os pais e responsáveis não exponham as crianças a nenhum tipo de risco”, conclui o especialista.    *Liberação de imprensa