8 de dezembro de 2024
SAÚDE

O gene da obesidade

 

Algumas pessoas são naturalmente mais “gordinhas” do que outras e, por mais incrível do que possa parecer, essa circunstância não está unicamente na alimentação e no estilo de vida. Na verdade, ela também pode estar relacionada a um gene do DNA que determina a predisposição para obesidade.

Em 2017, segundo o Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas no Brasil está acima do peso. A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. Fica claro, portanto, que a obesidade aumentou rapidamente nas últimas décadas e isso se deu, basicamente, por fatores não saudáveis da própria sociedade como, por exemplo, a grande oferta de alimentos “fast-food” e o sedentarismo. No entanto, mesmo nesse ambiente propício ao acúmulo de gordura, a obesidade nem sempre tem as mesmas causa para todos, pois, algumas pessoas realmente tendem a serem mais obesas.

O gene do DNA que tem sido o mais forte e frequentemente associado à suscetibilidade à obesidade é o gene associado a gordura e à obesidade, que tem grande influência sobre o Índice de Massa Corporal (IMC).

Pesquisadores da University College London conduziram um estudo que incluiu 359 homens saudáveis ​​com peso normal que foram divididos entre aqueles que tinham genes de alto risco e aqueles que estavam em baixo risco.

O estudo, publicado no Journal of Clinical Investigation, mostrou que pessoas com a variante de alto risco para obesidade aumentaram os níveis circulantes da grelina – conhecimento como “hormônio da fome” – depois de terem comido. Depois de comer, o nível de grelina não caiu tão baixo nesses indivíduos de alto risco como entre os de baixo risco. Também começou a subir mais rapidamente após as refeições, sugerindo que aqueles com alto risco não suprimiam a grelina apropriadamente depois de comer.

Além disso, em outro estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, o gene da obesidade pareceu ter uma influência significativa na quantidade de células de gordura produzidas em resposta ao excesso de consumo.

Um dos autores da pesquisa em Oxford disse que indivíduos com altos níveis do gene podem ter maior probabilidade de se tornarem obesos devido ao aumento da produção de células adiposas, o que expande a capacidade de armazenamento e favorece a deposição de energia sobre a queima de energia.

Por isso conhecer como o gene da obesidade afeta o risco de ficar acima do peso é fundamental para ajudar os pacientes que tem tal predisposição. O médico Dr. Rafael Angelim, membro da Colégio Americano de Medicina Esportiva, afirmou que um dos exames mais importantes para determinar o tratamento adequado aos pacientes acima do peso é o que demonstra se a pessoa tem ou não alto risco para obesidade através deste gene, é o chamado “mapeamento genético”.

 

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Redação Paraná em Fotos

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