Para ter crédito, pequenos negócios têm que se preparar e pesquisar
Os pequenos negócios precisam se preparar ao procurar as instituições financeiras para ter acesso mais fácil ao crédito. É necessário verificar se a empresa não está negativada, se está fazendo uma gestão financeira de forma adequada e se as dívidas com fornecedores estão em dia. Também é preciso definir previamente onde os recursos obtidos com o empréstimo serão investidos, bem como pesquisar onde há linhas mais vantajosas, de modo a não aderir à primeira alternativa oferecida. Esses são os principais conselhos do analista do Sebrae, Adalberto Souza, e do executivo Marcelo Lubliner, CEO da fintech Pontte e sócio da Mauá Capital, que debateram, em uma live, nesta terça-feira (14), sobre as linhas de crédito disponíveis para as micro e pequenas empresas.
“Temos percebido que falta um certo preparo por parte dos empresários dos pequenos negócios que procuram os bancos. Por isso, orientamos que eles façam uma análise de sua gestão financeira e busquem sempre negociar com as instituições financeiras e com seus fornecedores”, observa Adalberto. “Além disso, é preciso ter a clareza de onde vai investir, se em capital de giro ou em outro lugar, como na aquisição de maquinário”, acrescenta o analista.
“Antes de procurar o crédito, é preciso que o empreendedor faça uma pesquisa sobre sua situação, já que, há casos em que a pessoa está negativada até por não ter pago uma conta de luz”, exemplifica o analista. Ele observa que hoje há muitas oportunidades de empréstimos para os pequenos negócios, lembrando que o Sebrae dispõe de uma coletânea mostrando mais de 170 linhas de crédito disponibilizadas pelas instituições financeiras, que inclui, além dos bancos, cooperativas, fintechs, agências de fomento, e as Empresas Simples de Crédito (ESC), que passaram a ser uma alternativa para as micro e pequenas empresas.
Para o executivo da Pontte, Marcelo Lubliner, atualmente as fintechs são mais ágeis para os pequenos negócios obterem um empréstimo. “Antes, o crédito estava consolidado nos bancos e era caro. Conosco, ele se tornou mais flexível e ganhou uma maior carência no pagamento”, afirma o CEO. Além disso, segundo Marcelo, o empreendedor não necessita demonstrar seu faturamento. Lubliner explica que os bancos digitais atuam com várias modalidades de crédito e também passaram a ser uma alternativa para os empresários. Umas das razões, segundo o executivo, são as taxas mais baixas do que as instituições financeiras tradicionais.
Sebrae Brasil