18 de maio de 2024
SAÚDE

Qual é o símbolo que representa o seu propósito?

Alcion Bubniak

Nos dias de hoje, todos estamos sofrendo com o excesso de informação. Os canais tradicionais de mídia, com os quais estávamos acostumados a conviver por décadas, estão passando por uma transformação inesperada e muito rápida. É uma mudança de paradigma tão significativa, que tanto as lideranças, quanto os liderados, estão aprendendo mais com as suas tentativas e erros, do que com a teoria que servia de base. Todo esforço agora é voltado a contornar os novos problemas. Nesse sentido, a falta de discernimento e bom senso gerencial, custará o fim de muitos empreendimentos.
Assim como uma pandemia que se impõe aos médicos, para que mudem a sua percepção de atendimento de consultório e tratamento, se defrontando agora com os limites de uma guerra nunca esperada, os empreendedores terão que olhar o mundo de forma diferente, para não serem extintos em seus setores.
Como estratégia para a solução, a comunicação se constitui em um pilar essencial, seja ela interna ou voltada para o público externo.
Diante do excesso de conteúdo nas redes sociais, e as notícias em tempo real, difundidas via smartphones, as pessoas precisam passar a selecionar melhor as informações, assim como ajustarem os seus filtros para escaparem das armadilhas das notícias.
Diante desta verdadeira pandemia na comunicação, estamos assistindo aos pesadelos da sociedade, na tentativa de querer controlar o incontrolável, em mais uma demonstração dos efeitos da pandemia, tanto quanto ocorre na medicina, ao se defrontar com um vírus desconhecido.
Os filtros de seleção de cada indivíduo, assim como as máscaras faciais que obstruem a disseminação viral, devem ser as armas de combate contra as informações tendenciosas. Muito do que está ocorrendo, se deve
aos governos anteriores, que perderam décadas em debates e embates pelo poder a qualquer custo, e se esqueceram do indivíduo. Este indivíduo que agora, na solidão de seu pensamento, não enxerga fronteiras para expor sua opinião, na maioria das vezes desastrosas, e baseadas em suas próprias conclusões sobre tudo e sobre todos.
Sem educação e desprovidos de conhecimento de causa, são muitos os que pensam desvendar os temas que circulam pela internet,  tendo unicamente como base, a própria interpretação baseada numa limitada vivência.
A única conclusão sobre tudo isso, é que não se sabe onde esta onda vai parar, pois ao que parece, a pandemia na comunicação ainda está mostrando apenas uma face.
Ainda não foi sentido o verdadeiro efeito da massificação descontrolada da informação via smartphones, mas alguns efeitos nocivos já são visíveis, tais como o isolamento individual e egoista, a criação de um mundo particular e irreal, a motivação irracional nas atitudes, as reações impensadas, o consumo em lojas virtuais, o sedentarismo e a solidão, que trazem a depressão.
Neste contexto, o empreendedorismo pode contribuir com soluções, uma vez que se tratam de mudanças comportamentais de consumidores, onde coexistem também as novas oportunidades.
Os empreendedores, ao longo da história, sempre foram as luzes que conduziram o mundo, mesmo frente a ideologias e convicções diversas. Os empreendedores inventaram mecanismos, buscaram curas, e promoveram o progresso a partir do trabalho e da visão racional. Contudo, a condição fundamental para que o empreendedor possa enfrentar um mundo em plena pandemia de comunicação, a qual afeta a todo instante o mercado no qual atua, é fazer uso de seus atributos de líder e influenciador. Podem promover iniciativas para servirem de referência como formadores de opinião junto às instituições associativas, ainda que estas estejam fragilizadas pelo isolamento. Substituir a velha conhecida “vaidade”, construtora de “egos”, por visões gerenciais com foco definido, pode trazer grandes benefícios ao empreendedor, sem dar espaço a estrelismos.
Tentar insistir em manter o posicionamento de décadas passadas só atrasará a retomada do desenvolvimento.
É diante deste cenário desafiador que cada empreendimento e cada iniciativa deve falar por si, sem vincular questões pessoais, mas sim, seus propósitos bem planejados.
O líder representa um escudo e pode ser a identidade de seu empreendimento ou produto. Este é o segredo dos empreendedores que tiverem êxito na perpetuidade, com o estabelecimento de marcas famosas,  que foram suportadas por suas lógicas e planos de negócios. E isto aconteceu em um tempo destituído de recursos tecnológicos, mas que revelou gênios do quilate de Henry Ford e Henri Nestlé.  Foram empreendedores de referência, que souberam usar muito bem as suas identidades ao transformar em símbolos fortes, as suas idéias e inspirações. São marcas que transcendem o tempo, e que continuam a representar o verdadeiro propósito para o qual foram idealizadas: inovar!

*”Coca-Cola” é marca registrada de “Coca-Cola Company”, empresa americana fundada em 1886 pelo farmacêutico John Stith Pemberton.

** “Yakult” é marca registrada de “Yakult Honsha”, empresa japonesa fundada pelo microbiologista Minoru Shirota em 1938.

Alcion Bubniak, é formado em Desenho Industrial e como Agente de Propriedade Industrial (credenciado ao INPI API 116), atua há mais de 30 anos na assessoria de proteção à propriedade intelectual com extensão aos aspectos mercadológicos, de design, branding e estratégias comerciais.