7 de setembro de 2024
Agronegócio

Cooperativismo: 100 mil empregos e laços fortes com o produtor

 

Na contramão do Brasil – que continua com 13,4 milhões de desempregados mesmo com novo governo – as cooperativas continuam em ascensão na criação de postos de trabalho. Isso, claro, está diretamente ligado à disseminação das cooperativas, inclusive em pequenas cidades. Onde há oportunidade, nem que seja numa unidade modesta nos rincões do Paraná, existe espaço para o cooperativismo criar raízes com os produtores.

Salto – De acordo com a Ocepar, o salto entre 2008 e 2018 no quadro de funcionários das cooperativas foi de 51,8 mil para 101,2 mil empregos, crescimento de 95,3%. Pela primeira vez na série histórica, as cooperativas ultrapassaram a marca de 100 mil postos de trabalho. A evolução é constante – sem oscilação negativa – há onze anos.

Agro – De todo esse montante, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, relata que em torno de 80% são postos criados no agro. “Essa geração de emprego acaba sendo importante inclusive para os filhos de produtores, por exemplo, que podem aderir a essa política importante para a sustentação das famílias.”

Vínculos – No mesmo ritmo do aumento dos postos de trabalho nas cooperativas, também é nítido os vínculos criados entre os colaboradores e os produtores. Em Floresta (9ª no ranking de cooperados do agro com 82,9% do total de produtores), na unidade de negócios da Cocamar, isso fica muito claro. O local se tornou ponto de encontro dos cooperados, confiança que vai além dos negócios. “O relacionamento se torna familiar. Eles estão aqui todos os dias, tirando dúvidas de mercado, vendo preços, comprando insumos…”, explica o gerente de produção da unidade, Marcio Sartori.

Milho safrinha – Hoje, a unidade – que tem outras cooperativas concorrentes fortes próximas – detém 55% da participação do milho safrinha e 60% da soja do município. Foi a primeira unidade de negócios da cidade, instalada em meados de 1970. “Como somos a primeira cooperativa a chegar a Floresta, esse fator histórico também ajuda no relacionamento. Cada cooperativa cria sua estratégia, a nossa é um vínculo maior na assistência, no contato diário, reuniões técnicas e no dia a dia com o produtor. Temos que nos reinventar e trazer sempre um atendimento diferenciado”, complementa.

Ocepar

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