Pequenos empreendedores trocam os sites pelo Instagram para vender mais
Insatisfeitos com resultados dos sites, eles estão encontrando nas redes sociais um meio para se movimentar o próprio negócio e gerar vendas.
Quando se pensa em vendas na Internet, o caminho mais comum que empreendedores optam por seguir é o de construir uma loja online. Essa escolha imediata, porém, pode ser questionável, visto todos os problemas que existem para se montar um site, como investimento de tempo, de dinheiro e a dependência de terceiros, como agências.
E, depois que o site vai ao ar, ainda surgem muitas dificuldades que não foram colocadas no papel, como: investimento em tráfego pago, trabalho de SEO, manutenção constante da plataforma, falta de domínio da mesma, entre outros.
Dessa forma, qualquer mudança que esse pequeno empreendedor precisa fazer vira uma grande dor de cabeça, já que ele não domina as ferramentas do site e se sente refém de agências que normalmente cobram valores não tão acessíveis.
Nesse caminho que, no começo parecia ser simples, apenas colocar um site no ar e sair vendendo, surgem vários imprevistos e frustrações, que acabam fazendo com que empreendedores desistam do negócio porque o site não decolou.
“É uma reclamação diária que recebemos em nosso Inbox: pequenos empreendedores que investiram num site achando que ele seria a solução de seus problemas, e agora não sabem o que fazer para levar gente para lá, nem tem mais verba para investir na empresa.” A opinião é de Jéssica Mendes, especialista em Marketing Digital do Vitrine360, que trabalha ensinando empreendedores a vender pelo Instagram.
Ela explica que, nesses casos, sempre recomenda aos empresários que primeiro façam um trabalho de construção de marca pelo Instagram e, depois, se necessário, pensem em investir tempo e dinheiro num site.
“Temos casos de clientes que chegaram a investir 12 mil reais para montar um site que nunca faturou 1 real e, em 3 meses trabalhando apenas pelo Instagram, já estavam faturando 5 mil reais por mês. Eu realmente fico muito triste quando eu vejo essas empresas frustradas com o tema vendas online, por não terem conseguido viabilizar seus sites.”
Essa postura de Jéssica, de recomendar que as marcas simplesmente deixem o site de lado e foquem todas as suas atenções no Instagram, é vista por muitos como radical. Vários donos de agências de site, por exemplo, reclamam dessa abordagem e dizem que ela está prejudicando o mercado dessa forma.
Jéssica, porém, não liga, pois diz que os números estão a favor dela. Ela cita, por exemplo, que o Brasil é o segundo colocado no mundo em número de usuários de Instagram, com cerca de 80 milhões de pessoas conectadas ao aplicativo. Sendo que, pelo menos metade dessas pessoas, acessa o aplicativo todos os dias, e muitas acessam várias vezes ao dia.
“Eu não quero que as agências deixem de criar sites, muito menos que percam clientes por isso, mas a verdade é que o pequeno empreendedor, que tem pouca verba e pouco conhecimento técnico, precisa ser muito certeiro e ter muito foco em suas ações. Então, se as pessoas já estão no Instagram, é lá que o empreendedor deve estar também, e não ficar tentando levar as pessoas para um site apenas para fazer com que o investimento nele tenha valido a pena”
Para ficar ainda melhor, o Instagram ainda está investindo pesado na sua ferramenta Instagram Shopping, e a intenção do aplicativo é que, em breve, as pessoas consigam fazer comprar sem nem precisar sair de lá (Hoje, ainda é preciso no mínimo uma integração com o Facebook).
É por essas e outras que Jéssica Mendes aposta cada vez mais no Instagram como futuro. “Se as pessoas já estão lá, por que fazer força para levá-las para um outro lugar? A não ser que você tenha altas verbas para anúncios, isso não faz sentido”.
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